Eutanásia

   Apesar da época de final de ano significar felicidade e alegria para a maioria das pessoas, infelizmente é um período onde muitos animais, presenteados durante todo o ano que passou, sofrem abandono. Pior que o abandono (se tem como ser pior) é causá-lo sem a mínima chance de sobrevivência. Fato que ocorre com frequência durante mudanças de residência ou nas estradas como Free way e BR-116, já no caminho das férias, onde a possibilidade de salvar-se de um trauma automobilísco é quase nula.

   Para os que respeitam a vida, o abandono, em todas suas possibilidades, é uma situação bastante difícil de enfrentar. Um tema relacionado ao abandono e bastante polêmico é a eutanásia, pois enquanto alguns abandonam, outros consideram cães e gatos como membros da família, o que torna a decisão pela eutanásia um momento árduo e também de conflito entre seus sentimentos.
                                                                                                       
Conforme cita CASSU R. N. (2008), “A eutanásia visa promover a morte sem sofrimento, de maneira ética e consciente”.

   O termo eutanásia é derivado do grego. Onde “eu” significa “bom” e “thamatos” morte, podendo ser traduzido como “boa morte”.

   Na Medicina Veterinária, a eutanásia é regulamentada e segue critérios descritos pelos artigos da Resolução nº 714 de 20 de junho de 2002, os quais devem ser seguidos. É designada como “tratamento adequado das doenças incuráveis”. É uma conduta delicada, a qual deve ser tratada de forma crítica e minuciosa, onde o Médico Veterinário é quem avalia a real necessidade e se faz totalmente responsável pelo procedimento. 
   Quando se opta por fazê-la, deve ser de modo a minimizar a dor e o estresse do animal, em ambiente tranqüilo e adequada manipulação.

   Apesar de não ser uma situação "visualmente confortável” ao proprietário como ao animal, todo proprietário tem direito de assistir ao procedimento. E quando essa escolha se tornar necessária, lembre-se da dedicação de seu animal à você e que para ele, você é tudo! Então, não é momento de escolher a maneira mais barata. Opte sempre pela forma correta, rápida, ausente de sofrimentos e indolor, a qual será obtida pelo emprego de fármacos administrados pelo Veterinário.

   Mesmo sendo uma decisão difícil, quando uma afecção séria ou terminal acomete um paciente onde todas as possibilidades terapêuticas já foram empregadas e não obtiveram sucesso, se torna necessário e nobre decidir pelo término do sofrimento do seu animal, possibilitando um fim sereno. 

   Assim sendo, acredito que cada um pode definir sua visão sobre eutanásia. Pois sempre que empregada de forma adequada constituirá uma atitude de nobreza.
  Não denomine eutanásia quando optar pelo término da vida por motivos que não sejam para alívio de sofrimento .




Leia mais detalhes em:
Manual de Terapêutica Veterinária
(ANDRADE, 2008).

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