Videocirurgia na Medicina de Cães e Gatos

   Conforme Freeman (1999), a cirurgia minimamente invasiva é um termo coletivo usado para técnicas cirúrgicas com o propósito de minimizar a extensão de uma abordagem cirúrgica ao mesmo tempo em que mantém a precisão e a eficiência.

   Na medicina humana, essa técnica começou em 1988 através do procedimento de colecistectomia (remoção da vesícula biliar) laparoscópica. Hoje a colecistectomia laparoscópica está estabelecida como "padrão ouro" no tratamento cirúrgico das doenças da vesícula biliar em humanos.  
  
   Hoje, as laparoscopias para cirurgias de apêndice, ressecção de intestino delgado, herniorrafia, esplenectomia, biópsia hepática entre outras, são rotineiramente realizadas na medicina. Onde os cirurgiões consideram possível o uso das técnicas de cirurgia de invasão mínima para praticamente todos os procedimentos convencionais, ditos "abertos".
   Na Medicina Veterinária, estudos clínicos que comparam as cirurgias por técnica aberta e abordagem fechada são raros devido a necessidade de equipamento especial, além da dificuldade técnica das cirurgias.

   As cirurgias convencionais têm acurácia e rapidamente expõem o sítio operatório, porém infelizmente provocam maior trauma tecidual quando comparadas as cirurgias minimamente invasivas. E o trauma, por sua vez, inicia uma resposta ao estresse sofrido causando um hipermetabolismo, aumento na demanda de oxigênio pelo miocárdio, aumento da carga de trabalho pulmonar e renal, comprometimento da motilidade intestinal e da função imunológica. Sendo que a resposta biológica do paciente à cirurgia dependerá de quão severa foi a injúria em relação a capacidade de recuperação do animal.

   Os benefícios da abordagem minimamente invasiva estão documentados na medicina. Indubitavelmente, muitos desses benefícios podem ser aplicados nos animais.
   As principais vantagens da abordagem minimamente invasiva, quando comparadas a abordagem aberta são a redução da morbidade trans-operatória, da morbidade e dor pós-operatórias, além do menor tempo de permanência hospitalar.
   
   A maior parte dos procedimentos de invasão mínima na Medicina Veterinária são tecnicamente viáveis e deverão ser aceitos como padrão no futuro.

 É o que se espera, uma Medicina Veterinária cada vez mais evoluída, 
visando sempre o melhor ao paciente!


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