Giardíase


   A giardíase é reconhecida como zoonose pela OMS desde 1979. Doença de distribuição universal provoca  infecção no intestino delgado, causada por um protozoário, o parasita Giardia sp., causando doença em cães e ocasional nos gatos. Além de constituir o parasita intestinal mais comum nos humanos.
  
   Sua transmissão acontece através da ingesta  dos cistos (sua forma infectante), geralmente proveniente de outros animais infectados, muitas vezes por meio da água ou alimentos contaminados. Sendo que reservatórios de água não tratadas também  servem como fonte de infecção. Uma vez instalado no ambiente, os cistos são bastante resistentes,  permanecendo por longos períodos.

   Por atuar no trato intestinal diminuindo a eficiência de digestão, resulta em distúrbios gastrointestinais.  Os sinais variam de diarréia discreta a grave, a qual pode ser persistente, intermitente ou autolimitante. Pode ocorrer vômitos e perda de peso. A giardíase subclínica acomete principalmente em animais adultos.

   O diagnóstico ocorre através do exame das fezes frescas com a identificação dos trofozoítos ou de cistos. Teste de ELISA também pode ser realizado. Porém,  frente a resultados negativos, pelo menos 3 exames coproparasitológicos devem ser feitos em um intervalo de 7 a 10 dias antes de descartar por completo o diagnóstico de giardíase. Se ainda assim persistir o negativo, o diagnóstico terapêutico pode ser eficaz na identificação de uma giardíase oculta.

   O tratamento do animal enfermo ocorre através do uso de medicações. No livro "Medicina Interna de Pequenos Animais" o autor Willard destaca que nenhuma das medicações apresenta 100% de eficácia, o que significa que a falha na resposta ao tratamento com determinada droga não exclui o diagnóstico de giardíase.

   Além do tratamento medicamentoso, é de extrema importância os cuidados de higiene do ambiente em que o paciente reside, além da educação sanitária da família e da eliminação dos reservatórios (baratas, moscas). A limpeza do ambiente com desinfetantes com amônia quartenária na sua composição são eficazes na eliminação do parasita. É importante que o contato ocorra por 30 a 40 minutos.

   Diversas razões tornam o parasita de difícil eliminação, como a resistência do mesmo a droga utilizada, patologias outras concomitantes no paciente além da fácil reinfestação. A giardíase acaba potencializada por outras infecções concomitantes, contribuindo para deixar o animal mais debilitado. O contrário é verdadeiro.
   
   O tratamento não previne, trata a doença. Para a prevenção, há disponível no mercado vacina que previne a ocorrência da doença, além de diminuir a eliminação de cistos no ambiente.

A higiene é uma ótima aliada na prevenção da giardíase!!!



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