Complexo hiperplasia endometrial cística O que é isso???
A
piometra (complexo hiperplasia endometrial cística) é um distúrbio uterino potencialmente
letal. Está relacionada a uma fase do ciclo estral onde o hormônio progesterona
está em alta, fase esta denominada de diestro. Assim, da mesma forma a administração
exógena de progestágenos (os chamados anticoncepcionais) causam a mesma
patologia. O estrógeno, por sua vez, também eleva o risco de piometra, pois
intensifica o número de receptores de progesterona no útero, principalmente se
administrado na fase de diestro.
Inicialmente, o útero não apresenta contaminação bacteriana, porém ela ocorre normalmente
através da Escherichia coli, bactéria
presumivelmente de origem vaginal, mas que é capaz de colonizar o útero quando o
mesmo está anormal.
Não
se sabe o motivo pelo qual algumas fêmeas apresentam essa forma patológica de
reagir a progesterona. No entanto, acredita-se que cadelas portadoras de
piometra são imunossuprimidas.
Útero patológico. |
O
corrimento vulvar pode ou não ocorrer, de acordo com a abertura ou não da
cérvix (porção anatômica uterina). Sendo
assim, será observado corrimento vulvar quando a cérvix estiver aberta.
Os
sinais clínicos são originados da infecção uterina e tendem a ser mais agressivos
nas fêmeas que não apresentam corrimento. A poliúria (maior freqüência e volume
urinários) e a polidipsia (maior consumo de água) ocorre com frequência em
cadelas, mas não em gatas. A poliúria pode estar relacionada a endotoxemia da Escherichia coli a qual media uma não
resposta a ação do hormônio ADH, ocorrendo prejuízo na capacidade tubular renal
em concentrar a urina. Outros
sinais observados são desidratação, febre (em torno de 20% dos casos),
letargia, inapetência, episódios de emese, hipotermia e nos casos mais graves
choque.
Os
sinais clínicos em conjunto com a avaliação do paciente contribuem muito para o
diagnóstico. Os exames de imagem devem ser sempre realizados, sendo a ultra-sonografia abdominal a mais comumente usada na rotina clínica. Exames de
urina e de sangue também devem ser realizados para verificar outros prováveis danos associados a piometra, como sepse e
disfunção renal.
O tratamento do paciente deve ser
rápido e agressivo devido aos desarranjos metabólicos graves ocasionados pela
piometra. Deve iniciar com a estabilização do paciente através de fluidoterapia
endovenosa e antibioticoterapia até que a ovário-histerectomia (castração)
possa ser realizada.
Esse procedimento cirúrgico é o
tratamento de escolha, apesar de existir um tratamento médico ao qual deve ser reservado a animais reprodutores e que NÃO estiverem criticamente enfermos.
O importante é lembrar que a piometra
pode ser evitada através
da castração, a qual também previne ocorrência
de
neoformações mamárias (assunto já abordado
no blog) e se ocorrer, tem tratamento.
Pessoalmente,
acredito que o tratamento deve ser sempre
tentado, independente das condições
do paciente.
E...
pra você que aplica progestágenos (os chamados “injeção” e "anticoncepcionais") em sua cadela ou gatinha achando que está fazendo um bem... repense.
(Somente o Médico Veterinário é capacitado paraa avaliar se o animal está ou não no período adequado para recebê-lo sem causar doença!)
Ahhhh, e deixa eu também lembrar: ao aplicar o progestágeno, você está contribuindo ativamente para o desenvolvimento de neoformações e até neoplasias mamárias em seu animal!!!
(Somente o Médico Veterinário é capacitado paraa avaliar se o animal está ou não no período adequado para recebê-lo sem causar doença!)
Ahhhh, e deixa eu também lembrar: ao aplicar o progestágeno, você está contribuindo ativamente para o desenvolvimento de neoformações e até neoplasias mamárias em seu animal!!!
Que tal?
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