muito além da estética

    A remoção de pelos como parte antecedente de cirurgia, acesso venoso, cuidado de feridas ou mesmo para alguns exames, não é novidade no meio médico veterinário. No entanto, a questão pode ser um entrave que dificulta o processo de aceitação com o cliente.

   Como médicos, há muito tempo já entendemos que os pelos constituem fonte de contaminação, tanto é que a indicação é que sua remoção ocorra imediatamente antes da necessidade, para que uma “re-contaminação” da pele – agora sem pelos e com muito menos sujidade – não aconteça.

   Ao encontro disso, este mês tivemos a publicação do Guia do Uso Racional de Antimicrobianos, publicado pelo MAPA e formulado por competentes colegas da área médico-veterinária. Nele, alguns pontos importantes são destacados, como a resistência bacteriana e condutas de proteção ao envolvidos: equipe médica+ local e instrumental de trabalho + paciente + família do paciente.

   Publicações como esta são importantíssimas para relembrar condutas que possam passar despercebidas na rotina e para enfatizar a necessidade de outras.  Além de trazer pontos para atualização técnica.

   Ao abordar a necessidade das tricotomias (remoção dos pelos), o Guia possibilita ao Médico Veterinário ter em mãos mais uma ferramenta de evidência científica que justifica este cuidado, o qual visa segurança e saúde. Compreendemos o risco de algumas raças não desenvolverem a pelagem novamente, mas então fica o questionamento:  como Médicos Veterinários, seria nosso compromisso com a saúde ou com a estética?

 (Imagem exemplificativa da coleta de sangue na região cervical, após preparação da área.)

Acesse o guia na íntegra

https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-pecuarios/resistencia-aos-antimicrobianos/publicacoes/livroantimicrobianosv22.pdf